Estar atento ao que o corpo comunica é uma das formas mais eficazes de prevenir complicações de saúde e dar mais precisão aos exames de rotina, mas no caso do coração, essa atenção pode ser ainda mais determinante.
Mesmo sem dor no peito ou cansaço extremo, o organismo emite sinais que, se ignorados, evoluem para quadros mais graves.
“O corpo muitas vezes dá avisos silenciosos, a questão é que a maioria das pessoas não associa sintomas simples ao risco cardiovascular, por isso, a autopercepção é tão importante quanto o acompanhamento médico”, explica o cardiologista Dr. Roberto Yano.
Confira 5 sinais de alerta para problemas do coração:
1. Inchaço nos tornozelos ou pés
Edemas persistentes, principalmente no fim do dia, podem indicar má circulação ou início de insuficiência cardíaca. É importante diferenciar o inchaço ocasional, causado por longos períodos sentado, daquele que se torna frequente e sem causa aparente;
2. Falta de ar ao fazer esforço leve
Subir poucos lances de escada ou caminhar pequenas distâncias e já sentir cansaço pode indicar que o coração está com dificuldade para bombear sangue de forma eficiente. É um sinal que deve ser observado, principalmente se tiver surgido recentemente;
3. Batimentos irregulares ou acelerados em repouso
Alterações no ritmo cardíaco, como palpitações frequentes ou arritmias, mesmo quando a pessoa está em repouso, podem sinalizar distúrbios elétricos do coração e merecem investigação médica;
4. Tonturas ou desmaios sem explicação
Quando o coração falha em manter um fluxo sanguíneo adequado para o cérebro, episódios de tontura ou desmaio podem ocorrer. Esses eventos não devem ser considerados “normais” e sempre precisam de avaliação;
5. Dor ou pressão em outras partes do corpo
Apesar da dor no peito ser o sintoma mais conhecido de problemas cardíacos, dores no braço esquerdo, mandíbula, costas ou estômago também podem indicar obstruções nas artérias do coração, especialmente quando vêm acompanhadas de suor e náuseas.
Dr. Roberto Yano reforça que nenhum desses sinais deve ser motivo de pânico isoladamente, mas sim um alerta para buscar avaliação especializada.
“A prevenção é sempre o melhor caminho e ela começa ao ouvir o que o corpo tem a dizer e tem continuidade com um acompanhamento médico constante e reflexos disso em mudanças de hábitos de vida”, conclui.
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