A perda de um animal de estimação pode ser uma experiência devastadora. Os pets ocupam cada vez mais um espaço afetivo profundo na vida de seus tutores, sendo considerados membros da família.
Quando eles partem, seja por idade, doença ou de forma repentina, deixam um vazio difícil de preencher.
“O luto por um pet é real e pode ser tão intenso quanto a perda de um ente querido humano”, explica o médico veterinário e neuropsicólogo Flávio Nunes.
“No meio clínico, essa dor também afeta os profissionais que, além de cuidar da saúde dos animais, precisam lidar com o sofrimento emocional dos tutores e o impacto psicológico do fim da vida dos pacientes”.
Emoções e reações físicas
A morte de um animal pode desencadear uma série de sentimentos, como tristeza, culpa, raiva, ansiedade e até sintomas físicos, como insônia, fadiga e alterações no apetite.
“Cada tutor reage de forma única, dependendo da intensidade do vínculo, das circunstâncias da perda e do suporte que possui ao redor”, diz Flávio.
“Usar uma linguagem sensível, oferecer privacidade na despedida e até enviar um cartão de condolências pode fazer diferença”, sugere.
O luto não afeta apenas os tutores. Veterinários, estagiários e auxiliares convivem constantemente com doenças e despedidas.
“Essa exposição contínua pode causar fadiga por compaixão e desgaste emocional, também é necessário cuidar de quem cuida”, alerta Flávio.
Cuidar do outro começa com cuidar de si
Tanto para tutores quanto para profissionais, enfrentar o luto requer empatia, tempo e suporte.
De acordo com Flávio, “Validar a dor, oferecer apoio e estimular o autocuidado são atitudes fundamentais para atravessar esse momento de forma mais leve”.
Descubra mais sobre Ponto Real News
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
