Com o aumento da expectativa de vida, o período pré e pós-menopausa tornou-se uma fase significativa na vida da mulher. No entanto, para aquelas que têm um histórico de endometriose, essa transição pode trazer desafios adicionais. Estudos indicam que essas mulheres tendem a entrar na menopausa precocemente, muitas vezes devido a intervenções cirúrgicas como a ooforectomia bilateral ou cirurgias repetidas nos ovários. Este cenário levanta questões importantes sobre a saúde e o bem-estar dessas mulheres durante a transição menopausal e após a menopausa.
Além da menopausa precoce, as terapias médicas utilizadas para tratar a endometriose, como agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina e progestinas, podem impactar significativamente a saúde óssea, reduzindo a densidade mineral óssea. Este fator torna a atenção com a saúde óssea ainda mais crucial para essas pacientes. Além disso, a literatura médica aponta que mulheres com endometriose podem apresentar um risco aumentado de desenvolver distúrbios cardiovasculares e hipercolesterolemia, condições que podem se agravar durante a transição menopausal e após a menopausa.
Diante desse cenário, a terapia de reposição hormonal (TRH) surge como uma estratégia essencial para abrandar os efeitos adversos da menopausa. Izabelle Gindri, doutora em Engenharia Biomédica pela UTD, cientista, farmacêutica e cofundadora e CEO da Bio Meds Brasil, empresa especializada em tratamentos de reposição hormonal, recomenda que mulheres com histórico de endometriose sejam acompanhadas por médicos especialistas em terapia hormonal durante esse período a fim de avaliar qual o melhor tratamento para cada pacient . Nesse mesmo cenário, recomenda-se também, que a TRH com apenas estrogênio seja evitada e que preparações combinadas sejam priorizadas, mesmo em casos de histerectomia.
Portanto, é fundamental que as mulheres com histórico de endometriose tenham tratamento médico personalizado e sejam informadas com detalhes sobre tudo que envolva a TRH antes mesmo de iniciar o tratamento. A saúde da mulher antes e após a menopausa, em especial para aquelas com endometriose, requer uma abordagem cuidadosa e individualizada para garantir melhor qualidade de vida e bem-estar.
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