A crise no Haiti se intensifica à medida que gangues armadas tomam o controle da maior parte da capital, Porto Príncipe, e se expandem para outras regiões do país. Esse aumento da violência, que começou a crescer em 2020, resultou na perda de controle das autoridades haitianas sobre a cidade, com as gangues agora dominando cerca de 80% de Porto Príncipe. Elas atacam instituições públicas, invadem presídios e impõem um regime de terror sobre a população local. Esse cenário forçou centenas de milhares de haitianos a deixar suas casas, criando uma crise de refugiados internos. As pessoas se abrigam em campos improvisados ou em locais de difícil acesso, buscando escapar da violência indiscriminada e dos saques diários. A informação foi relatada pela Deutsche Welle.
Além da violência armada, o país enfrenta uma grave crise alimentar, com milhões de pessoas sem acesso a alimentos. A escassez é exacerbada pelos ataques às infraestruturas essenciais, como mercados e centros de distribuição. A ONU estima que mais de 300 mil pessoas já foram deslocadas, e os números de mortos e feridos continuam a crescer. A situação é dramática, pois a falta de segurança impede a entrega de ajuda humanitária e eleva os preços dos produtos básicos, deixando a população ainda mais vulnerável. Esse cenário foi relatado pela Agência EFE.
A incapacidade do governo haitiano de conter a violência se agrava pela falta de recursos e a escassez de forças de segurança. O governo, com um número limitado de policiais, não consegue enfrentar o poderio das gangues, que estão melhor armadas e organizadas. A comunidade internacional tem se mobilizado, com propostas de enviar uma força de segurança multinacional, mas a implementação dessas medidas ainda está em estágios iniciais. A ineficácia da resposta do governo e a demora da comunidade internacional em agir deixam os haitianos vivendo em um ambiente de caos e incerteza. Mais detalhes podem ser encontrados na DW.