O Brasil registrou 6.606.418 casos prováveis de dengue em 2024, um aumento de 400% em relação ao ano anterior, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde (MS). Até 7 de dezembro, 5.915 pessoas morreram pela doença, e há 1.088 óbitos em investigação.
O Distrito Federal lidera em coeficiente de incidência, com 9.899, seguido por Minas Gerais (8.237,1). Em número de casos, São Paulo ocupa a primeira posição, com 2.158.639 registros, enquanto Minas Gerais aparece em segundo, com 1.691.797 casos.
Casos Graves e Faixa Etária
Os casos graves e com sinais de alarme estão concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. São Paulo lidera, com 26.755 casos, seguido por Minas Gerais (15.876) e Paraná (13.734). A faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, com 649.599 casos registrados em 2024.
Outras Arboviroses
Além da dengue, o Brasil registrou 264.970 casos prováveis de chikungunya e 210 óbitos. Para o vírus Zika, foram notificados 6.417 casos, sem mortes, e 9.563 casos confirmados de oropouche, com dois óbitos.
Esforços do Governo e Desafios
Em setembro, o Ministério da Saúde lançou um plano de ação baseado em evidências científicas para enfrentar as arboviroses, com um investimento de R$ 1,5 bilhão no ciclo 2024/2025, um aumento de 50% em relação ao período anterior.
No entanto, especialistas como o infectologista Julival Ribeiro apontam que faltaram campanhas de conscientização em 2024, o que contribuiu para o aumento expressivo nos casos. “Cada um de nós é responsável por adotar medidas preventivas, como eliminar água parada para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, destacou.
O Ministério da Saúde reforça que está em constante monitoramento e preparação para os diferentes cenários epidemiológicos, alertando sobre riscos e liberando recursos para controle da doença.
Fonte: Brasil 61