sábado, dezembro 28, 2024
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Como a Cannabis Medicinal pode iluminar a jornada de pessoas com demência e Parkinson

Uso da Cannabis Medicinal traz esperança para pacientes com demência e Parkinson, reduzindo sintomas e aliviando a carga dos cuidadores.

* Por Flávia Guimarães

À medida que a idade avança, doenças neurodegenerativas como demência e Parkinson podem se manifestar com mais frequência, trazendo desafios para o bem-estar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência, e quase 10 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. No que diz respeito ao Parkinson, a Fundação Michael J. Fox estima que a doença afeta mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo e prevê que o número dobrará até o ano de 2040.

Essas condições requerem cuidados contínuos, uma vez que  os tratamentos nem sempre aliviam completamente os sintomas, o que representa um grande desafio para os pacientes, familiares e profissionais de saúde. Nesse contexto, a Cannabis Medicinal tem ganhado cada vez mais destaque, oferecendo uma nova esperança ao complementar as opções terapêuticas convencionais.

Com potencial para reduzir os sintomas, proporcionando mais conforto e bem-estar, seu uso pode auxiliar também no alívio da carga emocional, tornando o dia a dia menos desafiador para todos os envolvidos. Tanto o canabidiol (CBD) quanto o tetraidrocanabinol (THC), presentes na Cannabis, são conhecidos por atuar no sistema nervoso central. Segundo alguns estudos clínicos, pacientes com demência, por exemplo, relatam uma redução significativa na agitação e na insônia, enquanto pessoas com Parkinson encontram alívio nos sintomas não motores associados à condição.

Dessa forma, a capacidade de atuar em múltiplos sintomas ao mesmo tempo torna a Cannabis Medicinal ainda mais atrativa para esses tratamentos, já que é algo que os medicamentos convencionais nem sempre conseguem. Além disso, nos casos de demência e Parkinson, antipsicóticos e antidepressivos são usualmente utilizados, e é frequente que ambos venham acompanhados de efeitos colaterais, como sonolência e ganho de peso. A Cannabis, por outro lado, tem mostrado um perfil de segurança mais favorável, com efeitos adversos geralmente mais leves, algo positivo para pacientes que já enfrentam uma série de desafios diários.

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Outro aspecto que merece atenção é o impacto que o uso desta alternativa terapêutica pode trazer inclusive para a vida dos cuidadores. A sobrecarga emocional e física de dar o suporte necessário a uma pessoa com demência ou Parkinson é imensa. Estudos mostram que os responsáveis pela assistência desses pacientes têm maior probabilidade de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão. Por isso, a melhora no comportamento e no sono que poder ser proporcionada pela Cannabis, pode reduzir parte dessa carga dos cuidadores, melhorando assim a qualidade de vida de ambos.

Olhando para o futuro, a expectativa é que, à medida que as pesquisas avancem, possamos vivenciar uma expansão na adoção da Cannabis Medicinal para compor o manejo destas condições. A ciência caminha para um entendimento mais profundo de como esse ativo pode ser ainda mais eficaz e favorecer a evolução no manejo das enfermidades, não apenas com uma melhora significativa dos sintomas, mas com a capacidade de retardar a progressão.

Embora não seja uma cura, essa opção terapêutica tem o potencial de se tornar uma peça central no cuidado de pessoas com doenças neurodegenerativas e oferecer algo valioso: qualidade de vida. E para pacientes e cuidadores que enfrentam desafios tão profundos, essa é uma grande conquista.

 

* Flávia Guimarães é Gerente de Inteligência Científica na Ease Labs, farmacêutica pioneira especializada em produtos à base de Cannabis.

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