O Brasil enfrenta uma onda de calor intensa, com temperaturas recordes no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. No sul do país, a sensação térmica pode ultrapassar 70°C nos próximos dias, enquanto no Rio de Janeiro, os termômetros se aproximam do recorde histórico de fevereiro, que foi de 41,8°C em 2023.
Mas o que está por trás desse calor extremo? Especialistas explicam que diversos fatores naturais e humanos estão contribuindo para esse fenômeno.
O Que Está Causando o Calor Extremo?
O aumento das temperaturas não é um fenômeno isolado. Nas últimas décadas, o planeta tem passado por um aquecimento global, impulsionado pelo acúmulo crescente de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases do efeito estufa na atmosfera. Esse aumento se deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, ao desmatamento e à urbanização crescente, que altera o microclima das cidades. O crescimento desordenado das áreas urbanas, com a substituição de vegetação por concreto, asfalto e edifícios, aumenta o calor nas cidades, criando o efeito conhecido como ilha de calor urbana.
Além disso, outros fatores estão intensificando o calor no Brasil:
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Alta Pressão Atmosférica (Anticiclone) – Esse sistema impede a circulação de ventos frios e a formação de nuvens, permitindo que o calor fique “preso” na região. No Rio Grande do Sul, isso amplifica a sensação térmica, enquanto no Rio de Janeiro, as temperaturas seguem subindo sem alívio.
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El Niño – Esse fenômeno climático aquece as águas do Oceano Pacífico, alterando os padrões climáticos em todo o mundo e potencializando as ondas de calor no Brasil.
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Mudanças Climáticas – O aumento das temperaturas médias globais tem tornado eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos. O calor que estamos sentindo agora pode ser um reflexo das mudanças climáticas em curso.
Onda de Calor no Rio Grande do Sul
O estado enfrenta temperaturas superiores a 40°C, mas a sensação térmica pode ultrapassar 70°C em algumas cidades nos próximos dias. Isso acontece porque o calor extremo, combinado com umidade elevada, dificulta a evaporação do suor, impedindo o corpo de se resfriar.
Além dos riscos à saúde, como desidratação e insolação, a onda de calor também eleva o risco de incêndios florestais e colapsos no fornecimento de energia, já que o consumo de eletricidade aumenta devido ao uso de ar-condicionado e ventiladores. Devido à intensidade do calor, as aulas em algumas cidades do estado foram adiadas, visando a segurança de alunos e professores.
Onda de Calor no Rio de Janeiro
Segundo a Agência Brasil, a cidade do Rio de Janeiro está perto de bater seu recorde histórico de temperatura para fevereiro. O calor intenso, combinado com a umidade, torna o ambiente ainda mais sufocante, dificultando o resfriamento até durante a noite.
Mesmo acostumados com verões quentes, os cariocas têm sentido o impacto da onda de calor, que está sendo considerada uma das mais intensas dos últimos anos.
Como Se Proteger do Calor Extremo?
- Hidrate-se constantemente, evitando bebidas alcoólicas e com cafeína, que podem desidratar o corpo.
- Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, período de maior intensidade da radiação UV.
- Use roupas leves e de cores claras, que ajudam a refletir o calor.
- Fique em locais ventilados ou com ar-condicionado, especialmente idosos e crianças, que são mais vulneráveis.
- Acompanhe os alertas meteorológicos e siga as recomendações das autoridades locais.
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