segunda-feira, outubro 20, 2025
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Conscientização sobre a menopausa cresce entre brasileiras

O Dia Mundial da Menopausa, celebrado anualmente em 18 de outubro, tem como objetivo ampliar a conscientização sobre essa fase natural da vida feminina e divulgar as opções de apoio disponíveis para promover saúde e bem-estar.

Nos últimos anos, o número de mulheres que buscam orientação médica para lidar com os sintomas da menopausa tem aumentado. De acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 30 milhões de mulheres no Brasil estão na faixa etária do climatério e menopausa, o que representa 7,9% da população feminina. Apesar disso, apenas cerca de 238 mil foram diagnosticadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por outro lado, levantamento publicado na revista científica Climateric aponta que 82% das brasileiras nessa faixa etária apresentam sintomas que comprometem a qualidade de vida.

A enfermeira estomaterapeuta Gisele Azevedo, mestre e doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), observa que o aumento na busca por orientação médica está relacionado ao envelhecimento populacional. Conforme o Censo 2022 do IBGE, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país chegou a 22,1 milhões, o equivalente a 10,9% da população — um aumento de 57,4% em relação a 2010.

Segundo Gisele, as mulheres com mais de 50 anos atualmente se sentem mais à vontade para discutir questões de saúde relacionadas à menopausa. A pesquisa Menopause Experience & Attitudes (ou Experiência e Atitudes na Menopausa), realizada pela farmacêutica Astellas em seis países, mostra que oito em cada dez brasileiras relataram sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa, incluindo ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%) — índices superiores à média global.

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A menopausa marca o fim da vida reprodutiva e é diagnosticada após 12 meses de ausência menstrual. No Brasil, a média de idade para seu início é de 48 anos. O processo ocorre em duas etapas: a perimenopausa, quando os sintomas começam a surgir, e a pós-menopausa. Mais de 34 sintomas estão associados a esse período, variando entre alterações cognitivas, físicas, urogenitais e vasomotoras, sendo estas últimas — como ondas de calor e suores noturnos — as mais frequentes e impactantes.

O estudo ainda mostra que 30% das brasileiras acreditam ter alto conhecimento sobre os sintomas da menopausa, enquanto 17% afirmam saber pouco ou nada. Entre aquelas que já vivenciaram a experiência, o índice de conhecimento sobe para 42%. "Consequentemente, as mulheres chegam aos consultórios médicos muito mais informadas e dispostas a questionar tratamentos e abordagens que não atendam às suas necessidades", afirma Gisele.

Acompanhamento médico e autocuidado são essenciais para o bem-estar

A especialista ressalta que o cuidado com o corpo e o acompanhamento clínico adequado são fundamentais para minimizar os efeitos da menopausa. "A plausibilidade biológica, ou seja, aquilo que é claro e consensual na biologia e no funcionamento do corpo humano e dispensa estudos científicos, é clara: nosso corpo responde da maneira como é tratado", explica.

De acordo com Gisele, manter uma boa hidratação é o primeiro passo para melhorar sintomas relacionados ao ressecamento da pele, cabelos e mucosas. "Parece simples e óbvio, e se toda mulher fizer isso, terá menos sintomas e melhores resultados em seu quadro de secura vaginal", frisa.

Ela também destaca a importância de uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de ultraprocessados e foco em alimentos naturais ricos em fitoestrogênio, magnésio, ômega 3 e cálcio. "Uma mulher que se alimenta de produtos sem aditivos químicos oferece ao seu corpo um combustível de melhor qualidade, que garante um melhor funcionamento", comenta.

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Alternativas naturais podem auxiliar no cuidado íntimo

Entre as alternativas complementares, Gisele recomenda o uso de óleo de coco extravirgem, desde que tenha pH entre 3,8 e 4,5 — faixa compatível com a região íntima. Segundo ela, o óleo de coco prensado a frio contém cerca de 90% de triglicerídeos de cadeia média (TCM), além de compostos como polifenóis, tocoferol, tocotrienol, fitoesteróis e monoglicerídeos, substâncias associadas à hidratação, regeneração celular e ação antimicrobiana.

A Copra, líder nacional em óleo de coco, é uma das empresas que possui o item com essas características. O produto recebeu o selo Testado e Aprovado da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), após testes realizados de acordo com normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que avaliaram a conformidade e a segurança do produto.

Gisele explica que o uso do óleo pode auxiliar no ressecamento vaginal, que se manifesta em forma de coceira, ardor, desconforto e dor local. "Se a mulher tem uma mucosa ressecada, cujos tecidos estão sem elasticidade e em sofrimento estrutural, claramente percebemos o quão adequado pode ser o uso de óleo de coco extravirgem nos genitais, interna e externamente", afirma.

Ela alerta, contudo, que o produto não é compatível com látex ou silicone e que mulheres com alergia ao coco devem realizar teste de sensibilidade antes do uso. O tratamento também não deve substituir a hormonioterapia tópica, mas pode ser intercalado com ela.


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